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O que é e como funciona o Payback?

Como calcular o payback. O payback é um indicador muito importante para analisar a viabilidade de um ou mais investimentos, de acordo com seus prazos de retorno.


Na hora de fazer investimentos, em qualquer ramo ou segmento do mercado, é muito importante conhecer o tempo necessário para que o valor aplicado se pague. No entanto, muitos não sabem como fazer isso. Diante desta realidade, preparamos um artigo para que você possa entender o que é e como calcular o payback no segmento de energia solar.

Felizmente, com os conhecimentos adequados e um pouco de paciência, é perfeitamente possível descobrir o resultado deste indicador, que é um dos parâmetros financeiros mais relevantes e que deve ser sempre considerado, até para compreender a viabilidade do negócio. Continue sua leitura e aprenda como fazer isso!

 

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O que é o Payback?

Para começar, vale ressaltar que o termo payback deriva do inglês e quer dizer “retorno” ou “reembolso”. No universo corporativo, trata-se de um indicador que representa o tempo necessário para que um investimento se pague, de forma que o lucro aferido e acumulado se iguale ao que foi investido anteriormente.

Para isso, o resultado precisa ser demonstrado em unidades de tempo, como dias, meses ou mesmo anos. O retorno do investimento empregado pelo consumidor depende de inúmeras variáveis como tarifa de energia e sua variação anual, degradação anual dos módulos fotovoltaicos, enquadramento de modalidade, incidência de tributos como PIS, ICMS e COFINS, distribuidora, estado, tamanho e custo da instalação, entre outras. Na prática, é uma métrica que serve para direcionar a alocação de recursos para escolhas mais vantajosas e, quando alguém fala que seu investimento se pagou em 6 meses, por exemplo, isso quer dizer esse foi o seu payback.

Uma das principais dúvidas é se o investimento em energia solar faz sentido, se a conta de fato “fecha”, ou seja, se o retorno do investimento em energia é realmente atrativo. A resposta para essa pergunta pode ser dada de forma simples: sim, para a maioria dos clientes de energia elétrica no Brasil, a energia solar fotovoltaica é altamente viável financeiramente.

Qual a importância de calcular o payback?

O payback é um indicador muito importante para analisar a viabilidade de um ou mais investimentos, de acordo com seus prazos de retorno. Logicamente, a resposta definitiva para saber se certas escolhas valem à pena ou não depende de inúmeros outros fatores, como os objetivos do negócio, capital disponível e até a situação do mercado. 

Em linhas gerais, um payback muito alto é menos vantajoso, pois levará mais tempo para conseguir recuperar o valor investido. Alguns segmentos, por sua própria natureza, contam com paybacks mais altos, como o mercado imobiliário. No entanto, com medidas estratégias e decisões assertivas, é possível acelerá-lo, especialmente com o auxílio de boas tecnologias. 

Qual a relação entre payback e fluxo de caixa?

O payback de energia solar nada mais é do que geração de créditos energéticos quando o excesso gerado não é utilizado. Assim, o retorno do investimento pode ser mensurado através do tempo em que já foi pago. Vamos explicar melhor:

Para calcular o payback, é preciso dividir o valor do investimento pelo produto de energia gerada e o ano pela tarifa. Sabendo que a vida útil de um sistema fotovoltaico é de 25 anos, temos o Exemplo: R$ 25 / (200 kWh (consumo) x 12 (meses) x 0,83 R$/kWh). Desta forma, seu retorno em investimento pode ser pago em 5 anos.

Nesse artigo, elenco algumas das principais variáveis que afetam o retorno financeiro sobre o investimento em energia solar.

Tarifa de energia

A tarifa de energia é a variável mais importante quando se trata de analisar o retorno do investimento em energia solar fotovoltaica.

Fato é que, quanto maior a tarifa, mais viável financeiramente é a instalação de energia solar, pois a energia que você produz se traduz em uma economia financeira maior.

Tarifas de energia são medidas em R$/kWh, e variam conforme:

– A Distribuidora de Energia Local;

– O Tipo De Cliente (Grupo A ou B e suas variações);

– A Bandeira Tarifária vigente no período de apuração (que discutiremos mais à frente).

Se você é um cliente do Grupo B, no qual se enquadram os consumidores de energia em Baixa Tensão, com certeza sua tarifa é bastante alta e você tende a possuir maior viabilidade financeira para instalar um sistema de energia solar.

São clientes do Grupo B:

– Todas as residências (B1);

– Comércio de pequeno é médio porte (B3);

– Outros diversos (Governo, Iluminação, Rural)

Os dois primeiros grupos são os que possuem maior viabilidade financeira para a instalação de um sistema solar.

Para descobrir quanto paga de tarifa (R$/kWh) e a qual grupo pertence basta apenas olhar com atenção a sua fatura de luz. De modo geral, quanto MAIOR é a Tarifa de Energia, MENOR é o Payback, ou seja, menos tempo leva para o investimento se pagar. Contudo, no geral, estima-se que o tempo médio de retorno do investimento, ou payback time (prazo de amortização do sistema), esteja situado entre 4 e 8 anos.

Variação alta da tarifa de energia

Além da Tarifa, há uma variável que é diretamente ligada a ela, e fundamental para o cálculo do retorno do investimento em energia solar fotovoltaica, que é a INFLAÇÃO ENERGÉTICA; nada mais é do que a variação da Tarifa de Energia.

As Bandeiras Tarifárias foram instituídas para entrar em vigor quando há um evento que aumente o custo da energia gerada no país como, por exemplo, escassez de água nos reservatórios, o que gera a necessidade de serem ligadas usinas termelétricas com custos bem mais elevados.

Quando a Bandeira está Verde o valor da tarifa é menor, quando está Vermelha o valor é bem maior. Desde que o sistema de bandeiras tarifárias foi implantado, em 2015, os brasileiros já arcaram com 48 meses (dos 72 decorridos) de cobranças adicionais em suas faturas. Além disso, desde junho de 2019, passaram a vigorar os novos valores das bandeiras aprovados pela Aneel, que tiveram aumento de até 50% em seu valor.

Instalar um sistema solar fotovoltaico em sua empresa ou residência é um seguro contra inflação energética! Isso porque, a partir do momento em que você gera a sua própria energia, não importa mais que essa tarifa energética suba, nada se altera na parcela da conta de luz que você gera! Quando você não gera a sua própria energia, fica sujeito aos aumentos imprevistos impostos pelo governo.

Comparação do Payback em energia solar aos ativos de mercado

Toda vez que investimos em algo temos que analisar quais as outras opções que teríamos, a opção mais inteligente é sempre investir na opção que pelo mesmo risco oferece um retorno maior.

O investimento em energia solar pode definitivamente ser comparado a ativos do mercado financeiro, dado que envolve um dispêndio de capital que retorna ao longo dos anos, no caso do solar, pelo menos 25 anos ou mais.

Portanto, é possível calcular a taxa de retorno do investimento em energia solar e compará-lo a outros, desde que sempre comparemos com um ativo financeiro com risco comparável.

Dessa forma optamos por comparar:

  •  Tesouro Direto Prefixado 2031 LTN (Letra do Tesouro Nacional) = Taxa 7,36% ao ano

  • Sistema Solar FV – Tarifa de R$ 0,85 em região com 1.600 kWh/kWp de geração, já descontadas as perdas com Inflação Energética de 8% ao ano nos primeiros 4 anos e 6% ao ano nos outros 21 anos

Os retornos sobre os investimentos são apresentados abaixo:

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Utilizamos a tabela do Imposto Regressiva para a LTN (22,5% do rendimento no primeiro ano, 17,5% no segundo e 15% após o 3º ano).

Note que o retorno da LTN em nenhum ano é maior que o retorno do investimento em energia solar. Além disso, o retorno acumulado ao longo dos 25 anos é muito maior (R$ 525 mil para a solar, versus R$ 156 mil para LTN).

Variáveis Técnicas 

Tamanho do Sistema (Potência)

Quanto maior um sistema fotovoltaico, menor é o seu custo por Watt. Exemplifico:

– Sistema Residencial: R$ 25.000 para 5,4 kWp, se dividirmos R$ 25 mil por 5,4 kWp teremos um custo de R$ 4.629 por kWp

 

– Sistema Comercial: R$ 250.000 para 67 kWp, se dividirmos R$ 250 mil por 67 kWp teremos um custo de R$ 3.731 por kWp (20% mais baixo que o residencial)

 

Isso é importante, pois os sistemas de Pessoas Jurídicas tendem a possuir um retorno do investimento em energia solar ainda maior que o de Residências se a tarifa for a mesma! Isso ocorre porque há ganho de escala, como no custo dos inversores, da mão de obra e do projeto, que se diluem mais com sistemas de maior porte.

Solarimetria

 Há uma variação de disponibilidade solar, de região para região. No Brasil, em média, a disponibilidade de radiação é bem alta, porém, o raio do menor para o maior pode ir de 1.300 HSP até 2.200 HSP (Horas de Sol Pico).

Essa quantidade de radiação interfere diretamente na geração de energia ao longo do ano, o que gera uma variação no retorno do investimento em energia solar.

Área de Telhado

É importante que haja uma área mínima de telhado para a instalação de um sistema fotovoltaico, em sua empresa ou residência. De forma simples, normalmente:

– Sistemas Residenciais: Medem de 10 m² (1,5 kWp) até 80 m² (12 kWp) mas há sistemas maiores em casos pontuais;

 

– Sistemas Comerciais: Para pessoas jurídicas normalmente os sistemas medem de 40 m² (6 kWp) até milhares de metros quadrados dependendo do volume de energia que se busca gerar.

 

Orientação Geográfica

A orientação dos sistemas é algo importante também. Idealmente, dado que estamos no hemisfério sul do planeta, os sistemas devem ficar orientados ao norte, de 10 graus até cerca de 26 graus de inclinação ao Norte. Sistemas a Leste ou a Oeste são possíveis também.

Ganho Patrimonial 

É impossível falar sobre retorno do investimento em energia solar e não se falar no ganho patrimonial gerado por ele.

Uma pesquisa criada pelo Lawrence Berkeley Lab., divulgada no jornal New York Times, pesquisou 23 mil imóveis em 8 estados americanos, e demonstrou que todos os clientes que adquiriram um sistema solar fotovoltaico de 3,6 kWp viram seus imóveis sofrerem uma valorização de pelo menos US$ 15 mil em seu valor de mercado, perante imóveis similares que não possuíam energia solar.

Ou seja, além de todo retorno financeiro gerado com a economia de energia, há ainda um ganho patrimonial significativo no valor do imóvel, que paga com folga o custo do sistema fotovoltaico. É muito fácil perceber o quanto isso é forte; imagine se você fosse buscar um novo imóvel e houvesse dois iguais, um com energia solar e outro sem qual você escolheria?

Com os recursos certos, seu negócio poderá simplificar processos e reduzir despesas, trazendo mais eficiência para sua rotina diária e eliminando gastos desnecessários. Um dos mais importantes está relacionado com o consumo de energia, que pode ser minimizado com o gerenciamento estratégico de créditos e uma boa gestão das suas faturas.

Agora que você já sabe o que é e como calcular o payback, é preciso adotar ferramentas que ajudem a reduzir suas despesas, possibilitando mais escalabilidade e garantindo a eficiência da sua operação!

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