Quando falamos em sustentabilidade, é comum remetermos aos três pilares principais: econômico, social e ambiental. Mas desde quando isso começou?
Mesmo que o tema seja antigo, o termo “sustentabilidade” é razoavelmente bem recente. Foi durante a Agenda 21 da ONU, em 1992, que essa palavra foi colocada como uma das prioridades globais, remetendo à preocupação com o meio ambiente e à manutenção de seus recursos. A partir daí é que a discussão se tornou mais abrangente e ganhou a popularidade que conhecemos hoje.
Em 1994, o sociólogo John Elkington foi pioneiro em discutir a sustentabilidade no âmbito empresarial e estabeleceu a teoria do “Triple Bottom Line”, na qual define que qualquer organização sustentável se apóia sobre um tripé: trazer prosperidade econômica, enquanto garante proteção ambiental e proporciona a equidade social.
Apesar da teoria, muitas empresas perceberam que simplesmente fazer pequenas ações ou utilizar termos ligados à proteção ambiental já agregava muito valor à marca (o famoso Green Washing ou maquiagem verde). Para combater isso, além de regulações da publicidade, estão em pauta alguns desmembramentos dos pilares, de forma a trazer atenção para temas específicos e aprofundar o entendimento prático da sustentabilidade. Vamos conhecer alguns deles?
Para construirmos agentes de mudança críticos e bem informados, este pilar fala sobre a repensar a educação tradicional, incentivando o pensamento colaborativo e participativo, além do reconhecimento e respeito às diversidades culturais.
Discute a qualidade de vida e bem-estar para as comunidades que habitam em cada espaço, considerando desde benfeitorias de uso público até e uma configuração mais equilibrada entre áreas urbanas, industriais e rurais, de forma a reduzir concentrações excessivas e proteger os ecossistemas mais frágeis.
O pilar cultural diz que, até mesmo para favorecer a inovação, é importante que cada ser humano respeite e valorize suas próprias origens e as dos outros, enriquecendo a diversidade de ideias, costumes, crenças, motivações e pensamentos.
Segundo Sylmara Gonçalvez Dias (2009) “o eixo político deve ser entendido como o fortalecimento das instituições democráticas e a promoção da cidadania, ressaltando que a promoção do desenvolvimento sustentável não se resumiria a um projeto do governo, mas da sociedade como um todo, daí a necessidade de assegurar a participação efetiva de todos os seus segmentos”.
No pilar ético, entende-se a responsabilidade de agir de boa-fé com a figura do Outro. Seja por todas as pessoas que nos proporcionaram estar onde estamos, seja por manter as oportunidades abertas às outras pessoas que virão depois de nós.
Menos ligado à religião e sim ao contato das pessoas com o seu “eu” interior, o eixo traz uma visão mais ecocentrista: a natureza e nós somos um só; fazemos parte dela. Ele discute a importância de olharmos para dentro, e assim focarmos na ação de boas práticas coletivas.
Este último reconhece o valor puramente simbólico de certas coisas. Preservar aquilo que é belo e/ou significativo também favorece a saúde do meio ambiente.
Ainda que estes pilares estejam contidos nos principais, é importante trazer essas discussões à tona e incentivar a adoção das ações corretas por todos os setores da sociedade e economia, garantindo, no longo prazo, a qualidade de vida, a preservação da natureza e dos recursos naturais. Venha conosco servir a transição para um mundo sustentável.